Pessoal, este mês faz um ano que abracei esta tarefa de montar os informativos do Acalanto e distribuir para vocês. Digo montar porque ainda estou engatinhando no que diz respeito à Antroposofia e pedagogia Waldorf e os textos publicados tem sempre a contribuição das professoras da escola, enfim neste um ano gostaria de compartilhar com vocês o que tenho aprendido a respeito do ritmo anual e de como as coisas fluem melhor quando você se integra e vivencia este ritmo do que quando passamos alheios a ele. Ou mesmo desperdiçando energia com coisas pequenas como, por exemplo, lutando com cada dia de inverno querendo que fosse verão.

A todo ano se repete um ciclo, e este ciclo é rico de momentos de reflexão e oportunidades de autoconhecimento e crescimento. Existe um lado espiritual, é claro, pois a filosofia é cristã, mas, além disso, existe esse convite ao auto desenvolvimento que é um convite para viver melhor, buscar o equilíbrio entre o pensar, sentir e agir e ser regente de sua própria vida e não somente reagente.

Estamos agora saindo do período da quaresma, um período onde o convite era “colocar a força da vontade numa ação voluntária” para exercitar o domínio da própria vontade e “promover uma purificação dos instintos” e chegar à sexta-feira santa com aquilo que devemos deixar morrer dentro de nós para que no domingo de Páscoa haja espaço para a renovação dos sentimentos e o renascimento do EU aconteça, mais uma vez, mais consciente de si que no ano anterior e com novas intenções de renovação para o próximo ciclo.